Existe um conceito bastante conhecido a respeito dos efeitos da arginina em relação à melhora do desempenho.
Arginina ou L-Arginina como é mais conhecida é um amino-ácido presente no organismo e também integrante de formulações de medicamentos e suplementos nutricionais.
Existem vários trabalhos científicos publicados na literatura que investigaram os efeitos ergogênicos deste amino-ácido.
A grande maioria dos resultados apontam para um benefício da suplementação de arginina na melhora da perfusão sanguínea dos músculos esqueléticos, associada ao exercício.
O mecanismo de ação se daria através da síntese de óxido nítrico, que é um vasodilatador, promovendo o aumento de fluxo sanguíneo para os músculos em atividade.
O aumento de fluxo de sangue promove aumento do aporte de nutrientes como também melhor oxigenação dos tecidos, melhorando principalmente a produção de energia aeróbica. Este benefício estaria portanto, contemplando a melhora do desempenho em exercícios de média a longa duração.
É interessante que mesmo os praticantes de exercícios de musculação, costumam se utilizar de suplementos à base de arginina, com o objetivo de potencializar o ganho de massa muscular e diminuir o percentual de gordura, daí o termo “treino nitrado”, cada vez mais comum nas academias. Neste caso, a melhora de perfusão estaria contemplando principalmente o período de recuperação entre as séries de exercícios com pesos.
A dose preconizada para que os benefícios sejam percebidos é de 3 gramas por dia, tomados por volta de 1 hora antes dos treinos.
O efeito da suplementação a médio e longo prazo, seria uma consequência da melhora da qualidade do treino, ou seja, a arginina seria um coadjuvante capaz de proporcionar um treino mais eficaz, e progressivamente promover uma melhora do desempenho.
A sequência de eventos seria:
Suplementação de arginina; síntese de óxido nítrico; vasodilatação; melhor perfusão muscular; melhor qualidade do treino; melhora de desempenho.
Dr. Turíbio Barros
Colaboração: Dra. Gerseli Angeli