O Colégio Americano de Medicina Esportiva iniciou um movimento que recentemente passou inclusive a ser tema de seu congresso anual que reúne mais de cinco mil profissionais da área de ciências do esporte de todo o mundo.
O tema recebeu o nome de “Exercise is Medicine” que traduzimos por “Exercício é Remédio” . Nada mais verdadeiro. Exercício é remédio e é o remédio mais barato e eficaz que existe. Exercício além de tratar, previne doenças.
A grande diferença entre o exercício físico e os remédios convencionais é que fazer exercício pode e deve ser agradável, enquanto que tomar remédio muitas vezes é ruim ou causa dor.
Hoje em dia, inúmeras doenças são tratadas com atividade física. O curioso é que não faz muito tempo, o doente era proibido de fazer qualquer exercício físico. Atualmente até mesmo o portador de doença cardíaca, que sempre foi a doença que tinha no exercício seu maior “fantasma”, é tratado com programas de atividades físicas.
As doenças geralmente promovem um verdadeiro círculo vicioso extremamente prejudicial para o bom prognóstico do tratamento. A doença muitas vezes leva o indivíduo a reduzir drasticamente sua atividade física habitual. Esta inatividade física promove uma regressão acentuada da capacidade funcional de órgãos e sistemas que contribui ainda mais para a piora do quadro. É fundamental quebrar este círculo vicioso, sempre associando a atividade física bem orientada ao tratamento medicamentoso.
Atualmente a indicação de atividade física contempla até mesmo doenças que comprometem também a saúde mental como a depressão e transtornos de atenção.
No tratamento da hipertensão, por exemplo, alguns cardiologistas costumam dizer de forma bem humorada que exercício é tão eficaz que deveria ser feito de “quatro em quatro horas” pelo paciente.
Exercício é remédio, mas para o indivíduo saudável deve ser hábito de vida!
Dr. Turibio Barros